
Alguns consideram Euá a cobra fêmea de Oxumaré. Ou seja, seu lado feminino. Por isso, seu símbolo é a cobra-coral, a preferida de Omulu, seu esposo.
A saudação que se faz a Euá é: "Mirró!", seu dia é o dia de Iansã, a quarta-feira, ou o dia de Oxum, o sábado. São essas Orixás que emprestam suas qualidades para formar a personalidade de Euá.
Ela recebeu de Ifá, o Orixá da adivinhação, o dom de ver sem olhar, a clarividência. Uma lenda conta como isso aconteceu.
A história diz que um moço fugia de Ecu, a morte, que o perseguia de perto. Quando esse rapaz chegou perto de um lago, encontrou Euá, que lá estava com as lavadeiras. Ele pediu ajuda para se esconder, explicando que fugia de Ecu, que queria pegá-lo. Euá apiedou-se dele e ocultou-o sob os panos das lavadeiras. Quando Ecu chegou, ela lhe disse que o moço havia passado por ali sim, mas que isso fazia muito tempoe que ele já devia estar longe. Euá indicou a direção e Ecu foi embora depressa, tentando alcançá-lo.
O homem que Euá salvou era Ifá ou Orumilá, o Orixá que inventou o jogo de búzios. Ele, agradecido, deu a Euá o dom da adivinhação, que era só seu. Concedeu-lhe também a fertilidade, pois Euá e Omulu não tinham filhos ainda.
Euá veste-se de vermelho e amarelo, as cores de Iansã e Oxum. Usa adé feito de palha, com búzios, na altura dos quadris. Essa Orixá não tem homens como filhos, ela só tem filhas no Candomblé.
No Tarô, Euá pode ser associada á Lua, o Arcano XVIII e à Imperatriz, o Arcano III, cartas que estão ligadas a Oxum e Iansã respectivamente, pelas características que possuem. Como Imperatriz, ela tem o poder de rainha, coloca a razão acima do sentimento. Com Lua, ela é sensível e instintiva, pressentindo o futuro.
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